sexta-feira, 13 de abril de 2012

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Sexta-Feira 13, dia de sorte ou azar?

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Até que ponto vai a crença popular? Se o misticismo diz que uma sexta-feira 13 é um dia de azar, e você acredita nisso, prepare seus patuás e amuletos, porque esse são três no calendário. Seja você crédulo ou não, deve saber que a data é marcada por diversas histórias e mitos de maus agouros e assombros, reunindo adeptos para o bem e para o mal. Não à toda, um dos maiores vilões do cinema, Jason Vorhees, estrela a série chamada “Sexta-Feira 13”.

“Passar debaixo de escada, ter o caminho cruzado por um gato preto, dar a primeira pisada do dia com o pé esquerdo, nada disso está autorizado, principalmente numa sexta-feira 13, e de um ano bissexto, então? Vixi!”. Dona de um altar que reúne santos, amuletos, gnomos, bruxas e oferendas, a pedagoga Marcela do Socorro, 28, acredita na explicação da numerologia, que justifica o 13 como um número irregular.

“Os ciclos se completam no número12. São 12 meses, 12 apóstolos, 12 signos. O 13 é sinal de malogro”, justifica Marcela, que na última sexta-feira 13 deixou de viajar a trabalho porque o código da passagem continha os números um e três, nessa ordem. “Achei que era coincidência demais e preferi não arriscar”, revela.

Para Pedro Silva, 30, professor, a data traz sorte. “O 13 é um número que dá sorte, justamente por ser a quebra de sequências. Nesse dia eu proveito para fazer exatamente o contrário do que diz a superstição. Abraço o gato preto, passo de costas debaixo de escada e tudo o que vier”, diverte-se.

Nascido no dia 13 de abril, a comemoração da data este ano será temática. “O tema vai ser o filme ‘Sexta-Feira 13’. Meu filho de 5 anos acha divertidas as coincidências de meu aniversário cair numa sexta e a idade que vou completar ser o 13 invertido. Aí ele quer se fantasiar de Jason. Não vejo nada demais e achei a ideia muito legal. No mundo já existem pessoas e coisas ruins concretas demais para nos apegarmos a pensamentos negativistas”, afirma.
Origens do mito

A sexta-feira 13 foi o dia em que Jesus foi crucificado, e por essa razão seria considerado um dia de azar, mas a superstição já foi relatada em outras culturas antes de Cristo. Uma delas trata da mitologia nórdica, na qual conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses.

Em outra versão, a deusa do amor e da beleza era Friga,que deu origem a Frigadag, sexta-feira. Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras onze bruxas e o demônio, e os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinávia a superstição espalhou-se pela Europa.

O número 13 é o sétimo número de Fibonacci, depois do 8 e antes do 21. Por superstição, o 13 é um número atribuído ao azar em muitas culturas. Devido a essa tradição é costume em alguns países não haver andares com o número 13 nos prédios. Nas corridas de Fórmula 1, geralmente não existe o carro com o número 13, mas ele, por estar presente nos dias de calendário, é muito explorado pela astrologia, e embora oculto na astronomia, é também muitas vezes parte integrante de alguns símbolos. Quem tem medo do número 13 sofre de triscaidecafobia. (Diário do Pará)

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