POR:VANESSA KANNENBERG
Fonte://GAUCHAZH.
Prejuízos em razão da falta de chuva passam de r$250 milhões, calcula defesa civil.
A estiagem, que castiga principalmente as regiões
sul e a campanha do Rio Grande do Sul desde janeiro, já levou 20 municípios a
decretarem de situação de emergência. A Defesa Civil calcula um prejuízo de
pelo menos R$ 250 milhões — mas esse número pode até duplicar, pois se refere
apenas a nove prefeituras que finalizaram o processo junto ao órgão estadual.
Segundo o coordenador regional da Defesa Civil na
Zona Sul, tenente Charles Luis da Rosa Silveira, todos esses municípios têm
problemas com falta de água, mas não necessariamente possuem um sistema de
racionamento imposto pela prefeitura — como ocorre em Bagé e Hulha Negra,
na Campanha, por exemplo.
— Como o problema maior (na Região Sul) é na
área rural, a situação é um pouco diferente. As comunidades do Interior, na
maioria, são abastecidas através de caixas d'água e poços artesianos. Com a
escassez dos recursos hídricos, a água seca nos poços e não possui força para
abastecer as caixas. Então os municípios levam a água com caminhões pipas ou
outros meios e abastecem as casas e reservatórios. Por isso, a comunidade tem
que fazer um uso racional até ser abastecida novamente — explica Silveira.
— É o que mais impacta no momento para os
municípios, pois repercute na arrecadação. É uma perda irreversível — avalia o
coordenador regional.
MAPA: os 20
municípios em emergência
Apenas quatro municípios — Amaral Ferrador, Morro
Redondo, Cristal e Hulha Negra — tiveram os decretos homologados
pelo Estado e reconhecidos pela União, segundo a assessoria da Defesa Civil
estadual (em vermelho no mapa).
Outros 11 encaminharam pedido ao Estado: Pedras
Altas, Cerro Grande do Sul, São Jerônimo, Arroio do Padre, Canguçu, Turuçu,
Candiota, Bagé, Cerrito, Piratini e Camaquã (em amarelo no mapa).
Já as prefeituras de Chuvisca, Herval, Pinheiro
Machado, São Lourenço do Sul e Dom Feliciano decretaram emergência, mas não
oficializaram ao Estado (em marrom no mapa).
Conforme as coordenadorias regionais da Defesa
Civil do Sul e da Fronteira Oeste/Campanha, o número pode subir — ao menos
outros cinco municípios estão estudando tomar a medida para tentar ajuda
humanitária, de equipamentos e recursos financeiros.
Estiagem deve
continuar na Região Sul
A estimativa é de que a escassez de chuva continue
pelos próximos dias. De acordo com o prognóstico da Secretaria do Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (Sema), divulgado na sexta-feira (9), o tempo deve
ficar seco, especialmente, na região sul do Estado.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
divulgou um boletim climático em que reforça o alerta: o fenômeno La Niña
(resfriamento das águas do Oceano Pacífico) deve seguir com intensidade
moderada nos próximos meses, o que deve causar aumento de chuva na região
sudeste do país e redução no Sul.
O relatório aponta que todo o mês de fevereiro deve
ter precipitações abaixo do padrão climatológico no Estado. Em março e abril
são esperadas chuvas pouco abaixo do padrão nas áreas mais ao Norte e próximas
do padrão na maior parte do RS.
POR:VANESSA KANNENBERG
Fonte://GAUCHAZH.
A estiagem, que castiga principalmente as regiões
sul e a campanha do Rio Grande do Sul desde janeiro, já levou 20 municípios a
decretarem de situação de emergência. A Defesa Civil calcula um prejuízo de
pelo menos R$ 250 milhões — mas esse número pode até duplicar, pois se refere
apenas a nove prefeituras que finalizaram o processo junto ao órgão estadual.
Segundo o coordenador regional da Defesa Civil na
Zona Sul, tenente Charles Luis da Rosa Silveira, todos esses municípios têm
problemas com falta de água, mas não necessariamente possuem um sistema de
racionamento imposto pela prefeitura — como ocorre em Bagé e Hulha Negra,
na Campanha, por exemplo.
— Como o problema maior (na Região Sul) é na
área rural, a situação é um pouco diferente. As comunidades do Interior, na
maioria, são abastecidas através de caixas d'água e poços artesianos. Com a
escassez dos recursos hídricos, a água seca nos poços e não possui força para
abastecer as caixas. Então os municípios levam a água com caminhões pipas ou
outros meios e abastecem as casas e reservatórios. Por isso, a comunidade tem
que fazer um uso racional até ser abastecida novamente — explica Silveira.
— É o que mais impacta no momento para os
municípios, pois repercute na arrecadação. É uma perda irreversível — avalia o
coordenador regional.
MAPA: os 20
municípios em emergência
Apenas quatro municípios — Amaral Ferrador, Morro
Redondo, Cristal e Hulha Negra — tiveram os decretos homologados
pelo Estado e reconhecidos pela União, segundo a assessoria da Defesa Civil
estadual (em vermelho no mapa).
Outros 11 encaminharam pedido ao Estado: Pedras
Altas, Cerro Grande do Sul, São Jerônimo, Arroio do Padre, Canguçu, Turuçu,
Candiota, Bagé, Cerrito, Piratini e Camaquã (em amarelo no mapa).
Já as prefeituras de Chuvisca, Herval, Pinheiro
Machado, São Lourenço do Sul e Dom Feliciano decretaram emergência, mas não
oficializaram ao Estado (em marrom no mapa).
Conforme as coordenadorias regionais da Defesa
Civil do Sul e da Fronteira Oeste/Campanha, o número pode subir — ao menos
outros cinco municípios estão estudando tomar a medida para tentar ajuda
humanitária, de equipamentos e recursos financeiros.
Estiagem deve
continuar na Região Sul
A estimativa é de que a escassez de chuva continue
pelos próximos dias. De acordo com o prognóstico da Secretaria do Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (Sema), divulgado na sexta-feira (9), o tempo deve
ficar seco, especialmente, na região sul do Estado.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
divulgou um boletim climático em que reforça o alerta: o fenômeno La Niña
(resfriamento das águas do Oceano Pacífico) deve seguir com intensidade
moderada nos próximos meses, o que deve causar aumento de chuva na região
sudeste do país e redução no Sul.
O relatório aponta que todo o mês de fevereiro deve
ter precipitações abaixo do padrão climatológico no Estado. Em março e abril
são esperadas chuvas pouco abaixo do padrão nas áreas mais ao Norte e próximas
do padrão na maior parte do RS.