terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Sobe para 20 o número de municípios em situação de emergência devido à seca

POR:VANESSA KANNENBERG
Fonte://GAUCHAZH.
Prejuízos em razão da falta de chuva passam de r$250 milhões, calcula defesa  civil.

A estiagem, que castiga principalmente as regiões sul e a campanha do Rio Grande do Sul desde janeiro, já levou 20 municípios a decretarem de situação de emergência. A Defesa Civil calcula um prejuízo de pelo menos R$ 250 milhões — mas esse número pode até duplicar, pois se refere apenas a nove prefeituras que finalizaram o processo junto ao órgão estadual.
Segundo o coordenador regional da Defesa Civil na Zona Sul, tenente Charles Luis da Rosa Silveira, todos esses municípios têm problemas com falta de água, mas não necessariamente possuem um sistema de racionamento imposto pela prefeitura — como ocorre em Bagé e Hulha Negra, na Campanha, por exemplo.

— Como o problema maior (na Região Sul) é na área rural, a situação é um pouco diferente. As comunidades do Interior, na maioria, são abastecidas através de caixas d'água e poços artesianos. Com a escassez dos recursos hídricos, a água seca nos poços e não possui força para abastecer as caixas. Então os municípios levam a água com caminhões pipas ou outros meios e abastecem as casas e reservatórios. Por isso, a comunidade tem que fazer um uso racional até ser abastecida novamente — explica Silveira.
A maior parte dos R$ 250 milhões em prejuízos levantados pelas prefeituras e relatados à Defesa Civil diz respeito a lavouras, principalmente, nas culturas de soja e milho, mais abundantes na Região Sul.
— É o que mais impacta no momento para os municípios, pois repercute na arrecadação. É uma perda irreversível — avalia o coordenador regional.
MAPA: os 20 municípios em emergência
Apenas quatro municípios — Amaral Ferrador, Morro Redondo,  Cristal  e Hulha Negra — tiveram os decretos homologados pelo Estado e reconhecidos pela União, segundo a assessoria da Defesa Civil estadual (em vermelho no mapa).
Outros 11 encaminharam pedido ao Estado: Pedras Altas, Cerro Grande do Sul, São Jerônimo, Arroio do Padre, Canguçu, Turuçu, Candiota, Bagé, Cerrito, Piratini e Camaquã (em amarelo no mapa). 
Já as prefeituras de Chuvisca, Herval, Pinheiro Machado, São Lourenço do Sul e Dom Feliciano decretaram emergência, mas não oficializaram ao Estado (em marrom no mapa).
Conforme as coordenadorias regionais da Defesa Civil do Sul e da Fronteira Oeste/Campanha, o número pode subir — ao menos outros cinco municípios estão estudando tomar a medida para tentar ajuda humanitária, de equipamentos e recursos financeiros.
Estiagem deve continuar na Região Sul
A estimativa é de que a escassez de chuva continue pelos próximos dias. De acordo com o prognóstico da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), divulgado na sexta-feira (9), o tempo deve ficar seco, especialmente, na região sul do Estado.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um boletim climático em que reforça o alerta: o fenômeno La Niña (resfriamento das águas do Oceano Pacífico) deve seguir com intensidade moderada nos próximos meses, o que deve causar aumento de chuva na região sudeste do país e redução no Sul.
O relatório aponta que todo o mês de fevereiro deve ter precipitações abaixo do padrão climatológico no Estado. Em março e abril são esperadas chuvas pouco abaixo do padrão nas áreas mais ao Norte e próximas do padrão na maior parte do RS.

 POR:VANESSA KANNENBERG
Fonte://GAUCHAZH.
A estiagem, que castiga principalmente as regiões sul e a campanha do Rio Grande do Sul desde janeiro, já levou 20 municípios a decretarem de situação de emergência. A Defesa Civil calcula um prejuízo de pelo menos R$ 250 milhões — mas esse número pode até duplicar, pois se refere apenas a nove prefeituras que finalizaram o processo junto ao órgão estadual.
Segundo o coordenador regional da Defesa Civil na Zona Sul, tenente Charles Luis da Rosa Silveira, todos esses municípios têm problemas com falta de água, mas não necessariamente possuem um sistema de racionamento imposto pela prefeitura — como ocorre em Bagé e Hulha Negra, na Campanha, por exemplo.
— Como o problema maior (na Região Sul) é na área rural, a situação é um pouco diferente. As comunidades do Interior, na maioria, são abastecidas através de caixas d'água e poços artesianos. Com a escassez dos recursos hídricos, a água seca nos poços e não possui força para abastecer as caixas. Então os municípios levam a água com caminhões pipas ou outros meios e abastecem as casas e reservatórios. Por isso, a comunidade tem que fazer um uso racional até ser abastecida novamente — explica Silveira.
A maior parte dos R$ 250 milhões em prejuízos levantados pelas prefeituras e relatados à Defesa Civil diz respeito a lavouras, principalmente, nas culturas de soja e milho, mais abundantes na Região Sul.
— É o que mais impacta no momento para os municípios, pois repercute na arrecadação. É uma perda irreversível — avalia o coordenador regional.
MAPA: os 20 municípios em emergência
Apenas quatro municípios — Amaral Ferrador, Morro Redondo,  Cristal  e Hulha Negra — tiveram os decretos homologados pelo Estado e reconhecidos pela União, segundo a assessoria da Defesa Civil estadual (em vermelho no mapa).
Outros 11 encaminharam pedido ao Estado: Pedras Altas, Cerro Grande do Sul, São Jerônimo, Arroio do Padre, Canguçu, Turuçu, Candiota, Bagé, Cerrito, Piratini e Camaquã (em amarelo no mapa). 
Já as prefeituras de Chuvisca, Herval, Pinheiro Machado, São Lourenço do Sul e Dom Feliciano decretaram emergência, mas não oficializaram ao Estado (em marrom no mapa).
Conforme as coordenadorias regionais da Defesa Civil do Sul e da Fronteira Oeste/Campanha, o número pode subir — ao menos outros cinco municípios estão estudando tomar a medida para tentar ajuda humanitária, de equipamentos e recursos financeiros.
Estiagem deve continuar na Região Sul
A estimativa é de que a escassez de chuva continue pelos próximos dias. De acordo com o prognóstico da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), divulgado na sexta-feira (9), o tempo deve ficar seco, especialmente, na região sul do Estado.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um boletim climático em que reforça o alerta: o fenômeno La Niña (resfriamento das águas do Oceano Pacífico) deve seguir com intensidade moderada nos próximos meses, o que deve causar aumento de chuva na região sudeste do país e redução no Sul.
O relatório aponta que todo o mês de fevereiro deve ter precipitações abaixo do padrão climatológico no Estado. Em março e abril são esperadas chuvas pouco abaixo do padrão nas áreas mais ao Norte e próximas do padrão na maior parte do RS.

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