sexta-feira, 5 de abril de 2019

A GERAÇÃO DA LACRAÇÃO.


A escritora e ativista feminista Clara Averbuck contou no Facebook que foi vítima de estupro ao sair de uma festa pelo motorista de um Uber – aplicativo de transporte. Segundo Clara, o motorista se aproveitou do seu estado de embriaguez, de saia e calcinha pequena para violentá-la.
É um relato chocante. O grande problema, no meu modesto ponto de vista, foi que ela não procurou uma delegacia da mulher após o acontecido para fazer um B.O. e denunciar o cafajeste que fez isso. No lugar disso, o que ela fez? Foi para rede social denunciar a “sociedade misógina”, a precaridade das delegacias que atendem mulheres vítimas de qualquer violência e o cúmulo foi quase que dizer no texto que o seu violentador é vítima de um sistema machista.
A escritora preferir fazer militância contra a “sociedade machista e patriarcal” nas redes sociais, do que ir na delegacia denunciar o meliante que a violentou, me deixa com uma pulga atrás na orelha. Pode ser leviano, em um momento desse, achar que a história que ela contou seja uma fanfic (história de ficção) para engajar a militância feminista na rede e gerar repercussão na imprensa.
Mas a atitude da escritora leva a pensamentos assim. Nesses tempos estranhos muitos acham que vale mais “bombar” uma hashtag no Twitter a denunciar um estupro na polícia. A sociedade está doente pela violência fora de controle, o péssimo exemplo de quem deveria representar a população e está mais preocupado em usufruir do bem público (toda classe política e o judiciário) e por uma geração que prefere fazer de tudo por uma “lacrada” para conseguir um punhado de likes e retuítes/compartilhamentos.

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