Que bom seria se a vida fosse feita apenas de momentos felizes, não é? Porém, para viver bem, é inevitável saber lidar com a tristeza. É importante estar atento aos sinais, pois é por meio deles que podemos descobrir a doença.
Existem diversos tipos de depressão e os sintomas são variados. Descubra quais são e como identificá-los!
Entenda a doença
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. E o que mais assusta é que esse número cresce cada vez mais. Nos últimos dez anos, o aumento foi de 18%.
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Apesar de considerada uma doença, ainda há preconceito. Algumas pessoas não entendem e a definem como “frescura”. Quando você se deparar com essa discussão, argumente dizendo que a depressão pode ocorrer por inúmeros fatores, inclusive um desequilíbrio em hormônios e neurotransmissores que podem alterar o ânimo da pessoa. A pessoa entra em um quadro de tristeza profunda, que pode durar semanas, meses e até anos. Ela perde o interesse pela vida e se sente incapacitada de realizar as tarefas diárias. Quem sofre desse transtorno normalmente tem a vida pessoal e profissional prejudicada.
A depressão é mais comum em mulheres, devido a fatores sociais e hormonais, mas ela pode aparecer em pessoas de qualquer idade, raça, sexo ou classe social. Por ser resultado de uma combinação de fatores psicológicos, biológicos e sociais, as causas variam bastante. São diversas situações que podem desencadear a depressão, como por exemplo:
- baixa autoestima;
- mudança de emprego ou situação de sobrevivência;
- perda de entes queridos;
- separações;
- traumas ou situações estressantes;
- consumo excessivo de drogas;
- histórico familiar;
- doenças como câncer, HIV, AVC, etc.
Diferencie os tipos de depressão
De um modo geral, a depressão se manifesta por meio de uma tristeza profunda. Porém, existem diversos tipos, que variam de acordo com a causa e duração. Para que você entenda melhor, listamos os mais comuns.
Depressão maior ou grave
A pessoa sente os sintomas típicos da depressão, como tristeza, desânimo, cansaço, falta de prazer e vontade e alteração do sono. Porém, esses sentimentos se manifestam de uma forma mais intensa e normalmente por um período maior do que seis meses. É um dos tipos mais graves. Geralmente tem relação com herança genética e acontece após os 30 anos de idade.
Distimia
É um tipo de depressão considerada mais leve ou de baixo grau. O paciente sofre com a tristeza, a baixa autoestima e o desânimo, mas em uma intensidade menor. Por isso, ele ainda consegue fazer as atividades do dia a dia, como trabalho e vida social.
Por outro lado, o paciente sofre com a depressão por muito mais tempo: a duração mínima é de dois anos. Os sintomas típicos são baixa energia, falta ou excesso de apetite, insônia ou sono demais, mau humor, irritabilidade e pessimismo. Nesse caso, a pessoa que sofre da depressão muitas vezes é rotulada como mau humorada ou pessimista, dificultando o diagnóstico.
Sazonal
Quem não fica desanimado em um dia cinza? Quem sofre desse tipo de depressão normalmente tem períodos de tristeza no inverno, quando os dias são mais curtos e com menos sol.
A depressão sazonal é mais comum em países mais frios e com pouca incidência da luz solar, como a Europa. Outras pessoas ficam deprimidas, por exemplo, com a aproximação das festas de final de ano, como natal e ano novo. Além da tristeza, o paciente também pode ter sensação de cansaço, falta de ânimo, estresse, sonolência e compulsão por doces.
Bipolar
A depressão presente no Transtorno Bipolar se caracteriza pela mudança de humor, variando entre uma tristeza profunda e episódios de euforia. Durante a tristeza, os sentimentos são os mesmos da depressão, como baixa autoestima, isolamento social, sonolência. Porém, nos momentos de alegria extrema, o paciente se sente agitado, desenvolve diversas atividades ao mesmo tempo, tem obsessão por determinados assuntos, se torna desatento, hiperativo e até impulsivo.
A dificuldade no diagnóstico se dá exatamente pela mudança brusca de humor. Além disso, muitas pessoas não associam a agitação e euforia com a depressão.
Pós-parto
Acontece com mulheres logo após o parto. Em alguns casos, ela se manifesta ainda na gravidez. É bastante específica e a causa é hormonal. Ou seja, durante a gravidez, o corpo produz altas doses de hormônio. Porém, depois do parto, a produção cai repentinamente. E é esse desequilíbrio que pode ocasionar o quadro de depressão.
Entre os sintomas mais comuns estão a tristeza profunda, o cansaço, a irritabilidade e, em alguns casos, a mãe acaba até sentindo rejeição ao bebê.
Reativa
Nesse caso, a depressão é desencadeada por um acontecimento específico. Ou seja, ela surge após um evento traumático ou estressante, como por exemplo a perda de bens materiais, como uma casa, ou a morte de uma pessoa próxima.
Qualquer pessoa fica triste diante de fatos como esses, porém, a incapacidade de superar o acontecimento leva o paciente a se isolar socialmente, além de sentir-se triste e inseguro. Quem já possui uma predisposição à doença, é como se o acontecimento funcionasse como um gatilho para a depressão.
Atípica
Nesse caso, os principais sintomas são cansaço, sono excessivo, humor apático, ganho de peso e sensibilidade à rejeição.
Quem sofre desse tipo de depressão pode ter picos de humor temporários, como reação a um acontecimento positivo. Porém, a pessoa logo volta ao quadro anterior. Justamente por causa dessa reação a boas notícias, existe uma dificuldade maior em identificar a depressão.
Psicótica
Além dos sintomas normais da depressão, o paciente também passa a apresentar transtornos psicóticos, ou seja, alucinações auditivas e visuais e até delírios. A pessoa vê e ouve coisas que não existem, passando a ter uma visão distorcida do mundo.
Esse é um tipo de depressão grave, porém, são raros os casos. Normalmente, ela vem acompanhada de outros sintomas, como incapacidade intelectual, perda de interesse, constipação e ansiedade.
Procurando ajuda
Não importa o tipo de depressão ou a gravidade, quem sofre dessa doença precisa de tratamentos específicos, seja com medicamentos, com psicoterapia ou hipnoterapia, por exemplo.
O importante é descobrir a causa e iniciar um tratamento o quanto antes. A falta do diagnóstico correto pode levar ao mascaramento de outros transtornos e/ou complicações, como ansiedade, transtorno do pânico, fobia social, perda do trabalho e ganho excessivo de peso. Nos casos mais graves, a pessoa pode se automutilar ou até mesmo tentar o suicídio.
Caso você se identifique ou conheça alguém que apresente alguns dos sintomas, não ignore. Você também pode ajudar outras pessoas a identificar os tipos de depressão compartilhando este conteúdo nas redes sociais. Dessa forma, mais pacientes poderão buscar tratamento!
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