quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

CRONICAS DE UM JAVALI ( O LUCRO EM DETRIMENTO DA TRADIÇÃO)


Será que  já foi o tempo que a tradição, a prática, o hábito, o costume, tinham peso  perante o dinheiro e o comércio, sobre o capitalismo selvagem? 
 Quero apenas expor meu pensamento e não quero ser punido por isso, com boicote, afastamento, pois se vivemos em uma ´´democracia`` , temos o direito a liberdade de expressão, bueno, lá vai.
 Vem mais um Rodeio Internacional de Herval, estamos indo para a  18° edição, o rodeio vem acompanhando sistematicamente o inicio do século XXI, pois começamos no ano de 2000.
 As atrações musicais do Lonão sempre foram uma atração a parte, e notamos que a cada ano que passa o Rodeio fica menos Tradicionalista e mais comercial, visando lucro sem se importar se está ´´apaulistando`` musicalmente nossa tradição. Mas esse efeito comercial infelizmente é geral, faz anos que deturpa o tradicional Rock In Rio, e o nosso Planeta Atlântida.
 No Rock In Rio, atrações musicais que nos anos 80 e inicio dos anos 90 seriam consideradas aberrações, agora são botadas goela a baixo, e o pior, essas aberrações tem um público fiel e que tem muita grana,  o péssimo musico Pablo Vitar, já tocou no Rock In Rio, junto  com uma cantora internacional, no mesmo palco em que tocaram monstros sagrados do Rock mundial.

A rádio Atlandida, que  nem toca música sertaneja, como a rádio Alegria e 10 de 09 rádios conhecidas, mas Luan  Santana vai apresentar-se no Planeta Atlândida, também Anita e Plabo Vitar se apresentarão, a rádio passou por cima dos seus conceitos e sua tradição por olho ao dinheiro, por o lucro, independente de ideologia, os roqueiros e o pessoal da rave, eletrônica e rap, que se adaptem a nova ordem mundial da forçada pluralidade de gênero musical.

Voltando para Herval, a cada rodeio que passa a musica tradicionalista gaúcha vai perdendo forças, tal qual o Rock in Roll para o Rock in Rio, perdendo forças para comércio visando altos lucros, altas faturações, dane-se a tradição, mas quem é culpado disso tudo? O próprio público, que se vendeu para o modismo passageiro, para o que está na ´´crista da onda``.
 Será que vamos morrer  e não vamos ver  o Gaúcho da Fronteira em Herval, será João Luiz Correia é muito caro? Grupo Rodeio com o vocalista Régis Marques, Os  Serranos vieram apenas uma vez em Herval, no longínquo ano de 2000 mas lotou ginásio de esportes, será que a  gauchada prefere pagar para ver banda de sertanejo Cover do que pagar para prestigiar nomes de peso da música tradicionalista gaúcha? É mais fácil ver esses nomes da música tradicionalista como Cristiano Quevedo, Joca Martins, Lisandro Amaral  na Fejunahe (Festa Junina Hervalense) que no Rodeio Internacional, que já veio grandes nomes como Mano Lima, Cezar Oliveira e Rogério Melo, Luiz Marenco.

 Eu já ouvi  o Funk da Anita tocando a todo vapor  na arena de gladiadores lotada em pleno rodeio Internacional e o publico totalmente omisso, bueno a gauchada (a gurizada) novinha faz vista grossa para a mulherada ficar mais alvorotada, a mulherada (não generalizando, mas as mais novas  e solteiras) tomando uma gelada e com a cabeça lá no lonão,  preferem escutar o sertanejo feminista de Maiara e Maraisa, Naiara Azevedo ou Marília Mendonça e dane-se a tradição, musica falando em cavalo, boi, cachorro, churrasco e campo? !! Pra que, se tem a música que fala em pegação, vingança, sexo e descorno.

Um dia perguntei para o rapaz do som (DJ) por que ele não botava ´´TROCENTOS``  clássicos lindos do nosso cancioneiro tradicionalista, musicas que falam de ginetadas, da vida do campo, do amor as raízes, do culto as origens ou até de romantismo, pois tem inúmeras  musicas  tradicionalistas que falam de amor entre homem e mulher, sem vulgaridade, mas o Dj disse que no Pen Drive do narrador praticamente só tinha sertanejo !!!!!!!!!!! De repente o Narrador já estava treinando para narrar em Barretos, se ambiaentalizando com a sonorização de lá.

Bom, esse é o meu modesto e humilde pensamento, sei que não é nem um pouco fácil fazer um evento da magnitude do Rodeio Internacional de Herval e agradar a todos e  faze-lo ser rentável, evitar prejuízos, bom, talvez  o nome Internacional, abranja todos os estilos de músicas sem distinção e eu esteja sendo preconceituoso, além do mais infelizmente não tenho ligações com as tradições campeiras, imagina se eu  tivesse, somente   acho  quando nós temos a possibilidade de valorizar a nossa musica  e não fizermos isso, os paulistas, mineiros e goianos  não vão fazer.
 Ass:Paulinho da Mídia, o Javali do Herval

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