Parabéns minha filha Angel Vitória, o Pai fisicamente tá longe, mas em pensamento e em coração, tá perto.Parabéns pelos três anos.
Uma das atribuições do veterinário, Gabriel Fiori, lotado na secretaria de Agropecuária e Desenvolvimento é dar suporte ao produtor em todas as áreas de sua competência. Na época de parição todo cuidado e atenção pode ser o divisor de águas na vida da mãe e do filhote.
Fiori acompanha de perto as parições auxiliando em muitas delas – quando chamado – e através deste artigo apresenta fatores, problemas e soluções neste momento tão importante na produção da ovinocultura e de preservação da vida.
“Assim como o agricultor concentra seus esforços no momento de colheita, o ovinocultor deve aumentar os cuidados na época de parição. As maiores taxas de mortalidade ocorrem nesta fase.”
Um dos principais problemas enfrentados pela ovinocultura é a mortalidade de recém-nascidos. Fatores ambientais, nutricionais interferem significativamente na sobrevivência dos cordeiros. O manejo correto da matriz e do cordeiro auxilia a reduzir os prejuízos causados pela mortalidade.
O período de gestação de uma ovelha dura cerca de 150 dias. Os últimos 50 dias de gestação merecem cuidado especial, porque é quando o feto ganha 70% do seu peso. Neste período, a alimentação deficiente da ovelha significa nascimento de cordeiros fracos, além da baixa produção de leite e menor instinto materno, com maior chance de abandonar os cordeiros.
Assim os cuidados devem começar antes mesmo do parto, com uma correta limpeza de úbere e região perianal, neste momento é possível realizar a separação por lotes de ovelhas mais próximas a parir, a fim de trazê-las para próximo da casa facilitando os cuidados que devendo seguir após o nascimento.
As reservas energéticas dos cordeiros recém-nascidos os mantêm vivos por um período de aproximadamente oito horas, em condições de frio e umidade, esse tempo reduz drasticamente se a cria não mamar o colostro, em pouco tempo entra em estado de inanição e vem a óbito.
FATORES QUE AFETAM A SAÚDE DO CORDEIRO
Baixas temperaturas
A primeira semana de vida dos cordeiros é o período crítico de sensibilidade ao frio. Quando o cordeiro é exposto ao frio, ele não sente vontade de se alimentar. Consequentemente, irá ingerir menos nutrientes energéticos, facilitando o surgimento da hipotermia e o aparecimento de doenças infecciosas, principalmente a pneumonia.
Em períodos frios do ano, poderemos nos deparar com cordeiros recém-nascidos em condições de hipotermia. Nessas épocas, a evolução para um quadro hipotérmico ocorre em curto espaço de tempo. O óbito não se dá de forma rápida, e o sofrimento do animal mostra-se prolongado, (diferente do que ocorre nos casos de doenças como as clostridioses, onde praticamente não se observa sinais clínicos, morte súbita). Ao encontrarmos o cordeiro hipotérmico devemos imediatamente seca-los, aquecer e aplicar produtos energéticos a base de glicose.
A fim de evitarmos essa situação, as estações de parições devem ser planejadas para que ocorram em épocas mais quentes, e reservar potreiros destinados à parição para proteger os animais dos ventos e das chuvas.
Vacinação pré-parto
Os ovinos são muito sensíveis às clostridioses, portanto, sua vacinação é indispensável. Fazem parte deste grupo doenças como à gangrena gasosa, ao carbúnculo sintomático, enterotoxemia, doença do rim pulposo, entre outras.
A vacinação da fêmea gestante deverá ser realizada por duas vacinações aos 45 e 15 dias, em média, antes do parto. O resultado será a produção de colostro rico em anticorpos contra Clostridium spp. que ajudará na proteção do cordeiro nos primeiros dias de vida.
Lembrete: Os ovinos são os animais que mais respondem aos cuidados empregados com eles. Logo, um bom “pastor” do seu rebanho deve revisar o potreiro da parição no mínimo duas vezes por dia, na tentativa de identificar animais que necessitem de auxílio.
Texto: Gabriel Fiori
