Isso não vai dar certo, teria dito o ex-presidente Lula sobre a manobra insana promovida pelos petistas Wadih Damous, Paulo Pimenta, Paulo Teixeira e o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4.
A iniciativa era tão descarada, que até mesmo a defesa de Lula, encabeçada pelo advogado Cristiano Zanin Martins, não quis participar. Coube ao trio de deputados petistas apresentar o controverso documento ao plantonista petista do TRF-4, na noite de sexta-feira. O advogado e deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) protocolou o pedido de habeas corpus com liminar em favor do condenado alegando um fato novo no processo: Lula é pré-candidato nas eleições de outubro. Todo brasileiro sabe que Lula é candidato desde os anos 80.
O petista viveu dias de suspense na cadeia. Favreto deixou para acolher o pedido de habeas corpus no domingo, em pleno recesso do judiciário. A fórmula parecia infalível e é difícil acreditar que Lula não tinha uma pontinha de esperança em se ver livre da cadeia naquele dia. Os apoiadores do condenado em todo o país comemoraram prematuramente a liberdade do petista.
Mas as coisas não saíram como planejado. O juiz Sérgio Moro, mesmo de férias, impediu que a Polícia Federal acatasse o alvará de soltura do condenado. O delegado Maurício Valeixo acatou a ordem de Moro e peitou a ordem de Favreto. Logo em seguida, Favreto emitiu uma nova ordem para soltar Lula. Foi a vez do relator do processo do petista no TRF-4, Gebran Neto, vetar a decisão de Favreto e solicitar os autos do processo. Inconformado com o fracasso da manobra, Favreto voltou a pedir a liberdade de Lula, mas o caso foi encerrado pelo presidente do TRF-4, Thompson Flores, que reconheceu a competência de Gebran Neto no caso.
Lula não conseguiu se safar da prisão, apesar dos esforços do petista plantonista no TRF-4.
Fonte: http://www.imprensaviva.com/
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