O Povo de Herval no domingo 05/05/19 foi surpreendido pela triste noticia de falecimento do Zeca, ou também conhecido de Zeca da Tornearia, Zeca Torneiro, Nego Zeca, Zeca do Bafo da Onça ou do Botafogo.
Nesse blog já fiz tantas homenagens póstumas, algumas pela importância daquelas pessoas para a comunidade e é esse o caso do Zeca, além de ser um homem integro e trabalhador, contribuiu muito para a cultura da comunidade com seu carnaval e até pelo o desporto com seu futebol na sua juventude.
Zeca para mim foi o sucessor do seu Benedito, sendo o mestre de bateria, com seu apito ele comandava e cadenciava o motor de qualquer escola de samba, a bateria, quando se empolgava sambava para o publico, com seu chapéu de malandro e sapatos impecáveis.
Zeca também era proprietário da única tornearia de Herval, começou empregado e depois virou patrão, quem queria com pressa o serviço tinha que chegar com calma, Zeca tomava seu tradicional chimarrão e fazia seu trabalho sem pressão, se o pressiona-se o serviço não saia kkkkkkkkk assim era seu estilo, muita calma nessa hora.
Zeca estava doente, até campanhas nas redes sociais estavam fazendo para ajuda-lo, não sei bem de que ele faleceu, imagino que seja de câncer, no qual alguns familiares foram vítimas, como sua mãe a botafoguense fanática Dona Arlete e sua tia a saudosa Dona Inguinha.
Zeca me chamava de Papaulo ou Paulinho da viola, a lembrança mais forte que fico dele é a vez que eu meio bebinho (Para variar), peguei o surdão e comecei a acompanhar uma batucada na esquina do Cafuncho, o Zeca pacientemente me corrigia, me explicando a batida perfeita, mais depois de cinco ou seis tentativas frustadas, me tirou o surdão e deu para um guri de nove ,dez anos, que tocou bem direitinho, ali tanto eu como o Zeca vimos que eu apesar de ser negão, não dava para o samba, melhor continuar sendo roqueiro mesmo kkkkkkk isso foi há uns nove ,dez anos atrás.
Zeca deixa esposa, filhos e muitos amigos, vai se juntar com seu velho mestre Benedito, o meu tio Doralda, Pata e outros carnavalescos que prematuramente nos deixaram, para enfeitar as alegorias e comandar a bateria do céu.
Por:Paulinho Javali.
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