sábado, 12 de agosto de 2017

CULTURA CAMPEIRA NO BLOG DO JAVALI, SAIBA SOBRE CARRAPATOS,MOSCA DO CHIFRE E BICHEIRAS

O controle desses parasitas é de suma importância para a eficiência da produtividade da pecuária de leite

Controle de carrapatos, bernes e mosca dos chifres
Agente causador do berne
Carrapato, berne e mosca do chifre são os ectoparasitas comumente encontrados em qualquer criação de bovinos, que trazem grandes prejuízos econômicos. Por isso a necessidade e importância do controle e erradicação dos mesmos.
O carrapato é o que propicia maiores prejuízos, no entanto, seu controle pode ser feito com mais eficiência. Os bernes são tratados de forma bastante simples. É preciso considerar que seu ciclo biológico é tão complexo, envolvendo, inclusive, outras espécies de insetos, que se torna praticamente impossível fazer o controle preventivo. O que é mais usado é o tratamento local, no próprio animal, depois que já foi afetado por esse parasita. As moscas são atingidas enquanto se controlam os carrapatos.
Ao picar, o carrapato causa perda de sangue, devido à sua ação hematófaga, levando muitas vezes a desgastes irrecuperáveis, caracterizados por esfoliação sanguínea e sua consequências, como anemia, prurido, irritação, quedas no peso e na produção, predisposição a instalação de miíases e desvalorização do couro. Além disso, transmite agentes como os protozoários do gênero Babesia, Rickettsias, Anaplasma, que produzem quadros clínicos distintos denominados tristeza parasitária, que quando não são adequadamente tratados podem levar a óbito.
berne, uma vez presente nos animais, causa a chamada miíase furuncular ou dermatobiose, que se caracteriza pela formação de nódulos no hospedeiro, com a presença de uma ou mais larvas no interior. Ocasionalmente, causam infecções secundárias por bactérias, formando abcessos subcutâneos, e ainda a postura de ovos pela mosca da bicheira, o que determinaria o estabelecimento de uma miíase primária. Também levam à redução na produção, retardo do crescimento, pré disposição à enfermidades diversas e danos nos couros.
A mosca dos chifres suga o sangue dos aniamis,podendo levar os mais jovens a um processo anêmico e causar grande irritação ao picar. Os animais ficam inquietos e estressados, balançando muito a cauda e o pescoço, procurando espantá-las, o que pode levá-los a não se alimentarem corretamente, perdendo peso e diminuindo sua produtividade.
No curso “Controle de Carrapato, Berne e Mosca dos Chifres”, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas são apresentados o sistema estratégico controle dos carrapatos  e o manejo integrado nas pastagens, assim como técnicas para tratamento dos bernes e da mosca-dos-chifres.
Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On-line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.
O controle desses parasitas é de suma importância para a eficiência da produtividade da pecuária de leite. A busca de informações sobre o ciclo de vida dos mesmos, como o clima e o manejo da sua região, assim como a escolha do tratamento adequado, afetam o controle de forma bastante relevante.

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BICHEIRAS





















Bicheira (Miíase por Cochliomyia hominivorax)
Introdução:
Bicheira é o nome dado à infestação pela larva da mosca Cochliomyia hominivorax. Ocorre em todo o Brasil e tem prevalência maior em períodos mais quentes e úmidos que favorecem o desenvolvimento da mosca no ambiente.
As larvas da Cochliomyia hominivorax se hospedam normalmente em feridas abertas e caso não seja tratado, o local da infestação pode ser constantemente reinfestado por mais larvas de Cochliomyia hominivorax, funcionando como uma porta de entrada para infecções secundárias.
Os prejuízos com a Bicheira vão desde a diminuição de produtividade de leite, redução do ganho de peso até a perda do valor do couro. Mortes podem ocorrer em grandes infestações.
Etiologia:
A Bicheira é causada pela infestação da larva da Cochliomyia hominivorax normalmente em feridas abertas.
Patogenia:
A fêmea da Cochliomyia hominivorax põe cerca de 150 a 500 ovos nas bordas das feridas recentes. As larvas eclodem e invadem os tecidos circunvizinhos da ferida se alimentando do tecido necrótico e fazendo cavidades de 10 a 12 centímetros no animal.
Cinco a sete dias após, as larvas maduras caem no solo como pupas, onde podem ficar de 15 dias até 2 meses, dependendo das condições climáticas. Depois deste período elas emergem como moscas adultas e podem iniciar a ovoposição em, aproximadamente, uma semana.
A presença de larvas na ferida estimula a ovoposição de outras moscas no ferimento o que impede a cicatrização da ferida e resolução da doença.
Diagnóstico:
O diagnóstico é feito pela visualização das larvas da Cochliomyia hominivorax na ferida.
Prevenção/Controle
A melhor prevenção é feita com simples cuidados com lesões acidentais, feridas cirúrgicas e manejo de bezerros. O controle é feito por meio da limpeza da ferida e utilização de produtos como os seguintes:
·         Tiguvon® 15 Spot-On
·         RUK®
·         Baymec® 1%
·         Baymec® DE
·         Tanidil®
A cura e tratamento do umbigo de recém-nascido também evita o aparecimento de Bicheiras assim como manter os animais livres de infestações de carrapatos e moscas.
Tratamento
O tratamento da Bicheira pode ser realizado com a utilização dos seguintes produtos:
·         Tiguvon® 15 Spot-On
·         RUK®
·         Baymec® 1%
·         Baymec® DE
·         Tanidil®
Fontes:
·         Blood, D.C. e Rodostits O.M.. 1991. Clinica Veterinária. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ.


Postagem:Paulinho da Mídia, o Javali do Herval.











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