A pesquisa, que já vem sendo desenvolvida há anos e que foi “abraçada” pela Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), em 2009, está sendo realizada pelo biólogo e pesquisador Luiz Américo de Souza e já rendeu alguns frutos, como o repelente testado por Andreia. O creme, feito à base de alfavaca cravo, minimiza e muito as picadas do maruim, conforme conta a gerente de frota de Corupá, mas, não é só isso.

A pesquisa, conforme explica Juliana Demarchi, secretária-executiva da Amvali, busca uma solução mais efetiva. Para ela, o repelente é uma boa solução, mas ainda é um paliativo e, para os problemas causados pelo inseto, o ideal é agir na causa. Por isso, o pesquisador desenvolveu, durante sua pesquisa de doutorado que deve se encerrar no mês de maio, um defensivo agrícola que agirá diretamente sobre os insetos e sua reprodução.


Juliana explica que este defensivo, pode ser encapsulado e aplicado nos locais em que o maruim se reproduz nas propriedades, fazendo um controle biológico e de “natalidade” do maruim. “Não é para exterminar 100%, a gente acredita que não vai conseguir exterminar, mas nossa expectativa é de reduzir de 50 a 70% a população do inseto na região”, afirma.


Para dar continuidade à pesquisa e às ações de combate, com testes, o laboratório de pesquisa já tem local e data para começar a funcionar. Anexo à secretaria de agricultura, o laboratório de pesquisa deverá servir para dar continuidade à pesquisa que se encerra em maio com o doutorado do biólogo. Segundo Juliana, até mesmo uma quantidade pequena do repelente poderá ser produzida no local enquanto todo o trâmite para a produção em larga escala prossegue. O laboratório, garante a secretária-executiva, começa a funcionar ainda neste mês de março, mesmo que timidamente e com os equipamentos iniciais. “Com o laboratório aqui em Jaraguá do Sul, a pesquisa fica mais próxima”, completa, lembrando que o biólogo trabalha e mora em Joinville.


Para Juliana, este é um momento importante da pesquisa, onde algumas ações já conseguiram ser desenvolvidas e testadas e que podem amenizar ou até mesmo solucionar o problema que afeta a saúde e a economia da região. “Estamos em uma boa evolução comparando com anos atrás. Nós não tínhamos dados, nenhuma expectativa de alguma solução, de um paliativo que seja, a própria pesquisa estava muito crua. Estamos bem felizes porque estamos chegando, provavelmente, em uma solução e isso vai ser bem positivo para a população”, finaliza.