terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

EVANGÉLICOS,O CARNAVAL NÃO É DO DIABO. É APENAS UMA FESTA POPULAR.

História do Carnaval (resumo).









A origem do carnaval é um tanto quanto obscura. É possível que suas raízes se encontrem nos festivais religiosos da Antiguidade, pagãos, que homenageavam o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza (fertilização do solo), como nas festas da deusa Isís do Egito, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma antiga, ligadas às famosas Saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, o Rei Momo é uma das formas de Dionísio - o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo. Tendo sempre sido uma forma de comemorar, com muita alegria e libertinagem, os atos de alimentar-se, beber e prazeres carnais, elementos indispensáveis à vida.

Porém, a festa carnavalesca propriamente dita, surgiu a partir da implantação, 
no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica Romana, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta Feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval".

No Brasil, o carnaval chegou através dos portugueses no século XVII, na forma do Entrudo: foliões fantasiados, com máscaras e roupas cômicas (principais fantasias brasileiras: palhaço, diabo, arlequim, pierrô, colombina, clowns ou clóvis) , de origem pobre e escrava na maioria, saiam pelas ruas das cidades sujando quem viesse pela frente com jatos de goma (ou cal) misturada com água ou arremessando "limões-de-cheiro" (bolas de cera com perfume ou urina). Gradualmente, o Entrudo foi sendo modificado com a utilização do lança-perfume ou, de acordo com a região do país, por farinha, mel ou lama, mantido como parte da velha tradição do carnaval de rua junto aos cordões, troças e atuais escolas de samba. As famílias mais ricas mantinham o costume de brincarem dentro de suas casas, depois em bailes nos clubes (escol), formando sociedades carnavalescas, e agora nos camarotes das avenidas de desfile das escolas de samba ou pagando pelos blocos de axé baiano.

Desde o século XIX que surgiram diferenciações entre o carnaval praticado no Sudeste e o de outras regiões do país, como o Nordeste. Em Pernambuco que se consagrou, a partir de 1900, o ritmo do Frevo (de fervor), símbolo de um certo protecionismo cultural daquele estado até os dias de hoje. Na Bahia, a partir de 1950, surgiu o chamado Trio Elétrico, carro equipado com amplificadores de som que foi sendo modificado e "turbinado" até os dias atuais, símbolo maior dos blocos de axé.

As marchinhas de carnaval começaram a se popularizar no final do século XIX, tendo seu auge entre as décadas de 20 e 60 do século XX, as composições de Chiquinha Gonzaga ("Abre Alas" de 1899, por exemplo) tornaram-se referência para outros autores, com merecido destaque para a bela composição "Bandeira Branca" de Dalva de Oliveira (1970). O samba , por sua vez, surgiu no Rio de Janeiro. A primeira composição considerada como samba por pesquisadores é "Alô, alô!" de 1917, originária da casa de "tia Ciata", local de encontro de grandes sambistas tradicionais cariocas como Pixinguinha e Donga.

Segue logo abaixo alguns exemplos de marchinhas carnavalescas para download e suas letras:


Abre Alas
Cachaça
Me Dá Um Dinheiro Aí

Saca-Rolha
Cabeleira do Zezé
Aurora

Jardineira
Ô Balancê
Mamãe Eu Quero
Bandeira Branca

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