terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O PISO SALARIAL DOS PROFESSORES, NA VISÃO DA SITUAÇÃO.


Governo, magistério, oposição e a polêmica do Piso



O governo anterior do prefeito Ildo fez um esforço enorme para implantar o piso do magistério ou coisa parecida, mas depois de muitas tratativas, assembleias da categoria, fogo ateado pelo meio político e algumas intransigências não houve acordo e o projeto foi rejeitado pelo Legislativo. O magistério, por sua vez, e conforme posição assumida pelos dirigentes da categoria, nunca aceitou recuar um só milímetro. Ou seja, a única proposta aceita pelos professores seria a manutenção do plano de carreira então vigente e a garantia do pagamento do valor correspondente ao Piso. Posição semelhante e ainda mais intransigente foi assumida pela oposição. Isto é, era preciso implementar o Piso de qualquer maneira, sem se importar se a prefeitura teria condições ou não de suportar tal reajuste. Como se a questão se limitasse e dependesse apenas de uma decisão política.

A iniciativa do prefeito de abrir negociação com o magistério e apresentar de forma clara e cristalina os números da contabilidade, por si só, já bastaria para enterrar o discurso de que faltava vontade política para atender o pleito dos professores. De jeito nenhum, tudo o que não faltou foi vontade política e disposição para o acerto. O que choca é perceber pessoas lúcidas e esclarecidas, mesmo sabendo disso, preferirem a posição cômoda, inconveniente e irracional do tudo ou nada, saia de onde sair. Poderia se considerar a proposta do governo inadequada, insuficiente ou imprópria, mas dizer que o governo foi inerte ou insensível é no mínimo insensato. A questão era e sempre foi de como assegurar o pagamento do Piso, sem inviabilizar a administração, e não só aqui, já que muitos municípios e gestões estaduais enfrentam o mesmo dilema.


Ninguém, em sã consciência, seria contrário a Lei do Piso. Além do impacto positivo no desempenho dos professores e professoras, qual administrador não gostaria de receber os créditos políticos por efetivar essa conquista do magistério e de toda a sociedade? Ocorre que nem tudo que é legítimo e legal é de fácil execução quando colocado na ponta do lápis. Na casa da gente é assim ou alguém consegue realizar absolutamente todos os seus sonhos de consumo? Todos sabem que 25% do orçamento da prefeitura é carimbado para a educação, 15% no mínimo deve ir para a saúde, 7% para a Câmara de Vereadores, outros tantos já estão comprometidos com o pagamento de dívidas deixadas pela administração que antecedeu a atual, outra parte precisa ser dada em contrapartida em investimentos estaduais e federais no município. Trocando em miúdos, sobra vontade, porém quase sempre faltam recursos.

Pois essa novela acaba de ganhar um capítulo que parece ser definitivo, pelo menos até que surjam novas cenas, senões ou dramatizações. O governo enviou a poucos dias novo projeto ao Legislativo, para ser votado em caráter extraordinário durante o recesso dos vereadores, alterando o plano de carreira do magistério com o propósito de assegurar a implantação do Piso do magistério em âmbito local. A proposta foi aprovada pela maioria governista, não sem o esperado protesto dos representantes da categoria e os discursos oportunistas da oposição. Cada um deve puxar a brasa para seu assado, mas não é demais repetir que para dizer não ou fazer oposição não é preciso perder o bom senso ou a noção da realidade.

A proposta ora aprovada evidenciou um recuo nos números por parte do governo em relação à proposta apresentada e rejeitada em 2012. No entanto, a bronca maior é a suposta “perda” percentual dos profissionais em relação à lei anterior toda vez que houver mudança nos níveis, além de que o índice de reajuste não acompanharia o índice estabelecido pelo Fundeb. Como não analisei o projeto, vou apenas me limitar a lançar alguns questionamentos: que vantagens vinham tendo os professores com um piso atual que sequer alcançava o salário mínimo? De que adianta ter um monte de vantagens previstas num plano de carreira se essas vantagens não se traduzem em ganhos reais? Um governo que se mostrou sensível para enfrentar essa pauta agora, não tem crédito e compromisso para enfrentar novamente o assunto ali adiante se as ditas perdas forem comprovadas? É correto atender integralmente a demanda legítima de uma categoria e em contrapartida inviabilizar toda uma administração?


Diante de tantas contrariedades e tentativas de incêndio, guardo uma única certeza: fora do governo, quem tinha outra saída para esse imbróglio (se é que ela existe) deveria tê-la apresentado antes e sem firulas para que não se pense que seu único intento era alimentar a polêmica ou criar ilusões, algo que não ajuda e só atrapalha.


Fonte:Blog do Toninho.
Por: Paulinho da Mídia.

9 comentários:

  1. O oportunismo.

    Após ler o comentário infeliz do blogueiro Toninho, vou ter que colocar algumas situações , aqui, de forma anonima, porque em Herval, agora é olho por olho , dente por dente. Virou ditadura. Privilegio para alguns , ferro para outros.
    Toninho gostaria de saber o que acontece com uma pessoa lúcida, inteligente, bem informada que nem você, que se submete a ser puxa saco . Não caminhas com as tuas pernas, não pensas com o teu cérebro, ficas escrevendo o que o Ildo que que a opinião publica aceite. Falas que não houve diálogo , negociação. pois bem não sabes nada. És ignorante no assunto , então não poderias tomar partido. Hopuve muita conversa , várias propostas por parte da categoria. O que houve sim foi a intransigência , a arrogância , a prepotência deste prefeito demagogo e hipocrita. mentiroso , pois usa as pessoas, traidor, manipulador e diga se de passagem com sucesso, pois consegui comprar o partido dos trabalhores. Este PT do Herval envergonha a sigla no Brasil inteiro. Por isso digo que estas em situação comoda . pois você é um cidadão barato . Graças ao bom Deus que fiquei sabendo que desistisse do curso de pedagogia , pois seria , com esta mentalidade, uma vergonha para a categoria.
    Mas tudo isso tem o lado bom, acredito que os professores mesmo derrotados por manobras mesquinhas saberão dar a volta por cima. Com tudo isso , trabalharemos par não deixar se criar os Toninhos da vida , os João Boscos, os Rodrigos entre outros tantos , que deixam de pensar , de agir com suas convicções para se submeterem aos demandos de uma ditadura. Herval tem jeito sim, e iremos daqui a quatro anos mostrar.espero que tu não te vendas de novo , como desta vez.Usa tua inteligência , e o teu dom com a escrita para defender a justiça, as pessoas, o coletivo. o grande grupo.É só assim que daremos um rumo diferente em nossa sociedade.Em breve estarei mostrando a cara. Não te preocupes.

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    1. os professores querem enterrar o município de Herval a qualquer custo. é o que parece, se não pegam no cabo da pá e nem trabalham no sol e a maioria foi selecionada por concursinhos frios meia boca de prefeitura de interior, o que querem? um salario dos da rede estadual de ensino?

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    2. Parece q esse aí nunca teve em uma sala de aula, só em herval mesmo acontecer uma coisa dessas, "concursinhos frios", mas é assim mesmo deve ser algum coitado que ainda está com os olhos vendados!!!! Desculpem, não moro nessa cidade, mas quem é esse tonimho?? É algum do legislativo, daqueles q votaram o plano sem sequer ler uma página???

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    3. ''CONCURSINHOS FRIOS'' sim senhor(a), pois nao se faça de inocente que todo mundo sabe que antes os concursos eram mt mais manipulados do que agora, ainda mais de prefeitura de cidadezinha do interior, bobinha!!!

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  2. como vocês são ingênuos, pros mais poderosos de Herval, o interesse é que esta terra siga sendo uma fabrica de ignorantes agora ainda mais do que faz tempo que é!!!

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    1. São ingênuos o bastante, ainda estão com os olhos vendados!!! Espero que não seja tarde quando abrirem os olhos!

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  3. eu espero que vocês vejam para depois falar dos outros tem bastante boca grande que não sabe o que fala

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  4. sobre o comentário triste que acabei de ler de uma pessoa anônima e também ignorante, de dizer "concursinho frio" e que os professores querem enterrar o município e que não pegam no cabo da pá, acredito que todos os trabalhos são dignos, mas a profissão de professor que educa os nossos filhos deveria ser uma das mais valorizadas pois é através dela que forma-se cidadãos pensantes e não pessoas manipuladas por outras como é o caso do Toninho que pelo que vejo não fez nada de útil na escola e também não segue os ideais de seu partido, partido este que estabeleceu a lei do piso nacional do magistério no Brasil.

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