sexta-feira, 19 de abril de 2013

19/04/13 Dia do índio.

ETNIA INDÍGINA

O Índio no Rio Grande do Sul

    Escavações arqueológicas realizadas no litoral demonstram que a ocupação indígena no Rio Grande começou por volta de 500 A. A. e continuou até depois da ocupação portuguesa, em 1737. Pelos documentos da época, sabe-se que, ao tempo da fundação do Rio Grande, os indígenas que dominavam a bacia da Lagoa Mirim eram chamados Minuano.

    No século XVIII, o Governo português promoveu três aldeamentos indígenas, a Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos (Gravataí), a Aldeia de São Nicolau em Rio Pardo e a Aldeia de São Nicolau em Cachoeira. Porém, o que a história não conta, é que, o primeiro aldeamento promovido pelos portugueses foi a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição do Estreito, no interior do atual município de São José do Norte. A aldeia fundada em 1753 com índios tape, funcionou até a invasão do Rio Grande pelos espanhóis em 1763.
    Os tape vagueavam pelas estâncias e pela vila do Rio Grande, sendo também denominados índios “chimarrões”, isto é, sem paradeiro certo. Eram indolentes, viviam à custa dos portugueses, por isso o Governo resolveu aldeá-los nas proximidades da vila. Poucos dias depois da fundação da aldeia, o governador Pascoal de Azevedo mandou que entregassem aos índios, cavalos para serem amansados.
    A Aldeia do Estreito denominou-se inicialmente Nossa Senhora das Candeias, passando depois para Nossa Senhora da Conceição. A Aldeia do Estreito dos índios tape, funcionou dez anos. Em 1763, com a invasão da vila do Rio Grande pelos espanhóis, parte da população rio-grandina se refugiou na aldeia, para onde foi transferida também, a sede da freguesia. A partir de então a localidade não foi mais aldeia de indígenas, mas povoação portuguesa.

Cultura

    A arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena.
    Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e a cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e a dança, uma atividade muito séria, uma cerimônia grupal de sentido mágico/religioso, um rito que permiti entender-se com as forças sobrenaturais, ou uma espécie de ensaio geral simbólico para a guerra.
    Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente com a ajudo de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela seu próprio sustento.
    Foi do índio que o gaúcho herdou e transformou o hábito salutar do chimarrão em uma autêntica tradição do sul, símbolo de sua hospitalidade.

Culinária

    Dos indígenas recebemos, principalmente do índio tupi, dois elementos nativos que passariam a integrar a dieta do brasileiro: a mandioca e o palmito.
    No Brasil indígena, bem antes da chegada dos portugueses, já se conheciam inúmeros produtos cultivados para a alimentação, para produção de bebidas e condimentos, entre eles o milho, a mandioca (para fazer farinha) e o aipim.
    Diversas frutas eram utilizadas na alimentação e preparo de bebidas como o cajú (que era a base da bebida alucinógena conhecida como Cauim), além da caça, pesca, sem dúvidas, uma das maiores contribuições indígenas na nossa alimentação, foram os produtos derivados da mandioca.
disponível em<http://www.fearg.com.br/site/?n_link=etnia_indios> Acesso em setembro 2009.


Por: Paulinho da Mídia.

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