quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Economia - Cosulati oferece nova metodologia de produção de leite nos municípios da Zona Sul

Fabio Duarte
"A região tem potencial de duplicar ou até triplicar a produção de leite", acredita o consultor da Cosulati, Ernesto Krug, doutor em Agronomia e presidente da Associação Gaúcha de Laticínios e Laticinistas (AGL). Segundo ele, esta é a meta da nova metodologia de produção de leite que a Cosulati vai aplicar na Zona Sul.
A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (11) na Associação de Funcionários da cooperativa, em Pelotas, para presidentes de Sindicatos Rurais e de Trabalhadores Rurais e secretários de Agricultura de municípios da região.
Estiveram presentes representantes de Arroio Grande, Arroio do Padre, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Encruzilhada do Sul, Herval, Jaguarão, Morro Redondo, Pelotas, Pedro Osório, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, São Lourenço do Sul e Turuçu.
De acordo com análise do consultor a maior deficiência da região é a falta de gerenciamento na propriedade e ajuste de manejo alimentar e reprodutivo. Por isso a cooperativa investiu em assistência técnica com contratação de novos técnicos agrícolas, agrônomos e veterinários e capacitação de atuais funcionários.
"Vamos trabalhar realizando levantamento da situação da propriedade já na casa do agricultor e enquadrá-lo em um dos 13 planos de desenvolvimento de ações que desenvolvemos", explica Krug.
Dentre os ajustes do chamado Modelo Cosulati de Assistência Técnica (MCAT), para melhorar a escala de produção a médio prazo estão o planejamento de insumos, ajustes de cria e recria de terneiros, entre outras ações que propõem produzir com qualidade, quantidade e regularidade.
Aproximação
Para o diretor executivo da Cooperativa, Raul Amaral, o primeiro passo não poderia ser outro: aproximar-se dos órgãos que mais têm contato com o produtor rural, Sindicatos e Secretarias.
 
A intenção é mostrar o potencial da região em produção e alinhar estratégias de motivar esses produtores para que continuem nessa atividade de grande importância econômica para a região e que mantém o homem no campo.
"Sabemos que é uma atividade rentável, se bem conduzida, e que pode ser ampliado o potencial produtivo das propriedades independentemente do seu tamanho", reforça Amaral. O presidente do Sindicato Rural de Pelotas, Nilson Loeck, com a estratégia de que o produtor necessita de orientações tendo em vista os custos e os benefícios, já que os insumos estão cada vez mais altos e a remuneração pelo leite não acompanha.
"Não é só na cooperativa local, mas a política leiteira no Brasil deveria apresentar uma melhor remuneração ao produtor", completa Loeck. Apesar disso, Nilson ressalta o papel de constância que a Cosulati tem assumido na região nos últimos 40 anos, com destaque para o fato da cooperativa nunca atrasar um dia sequer os pagamentos ao produtor. "Essa atitude deve ser reconhecida, pois outras empresas se achegaram a região mas não cumprem pagamentos endividando ainda mais os produtores", lembra.
Apesar dos constantes episódios envolvendo o leite gaúcho com adulterações, o consumo de leite em todo o Brasil aumentou 4,43% nos últimos cinco anos. A Região Sul do país é a única que teve crescimento nos últimos dez anos, cerca de 50%, e os índices mostram que há espaço para crescer ainda mais.
Nesta terça-feira (12) a Cosulati aborda o tema no Sindicato Rural de Pinheiro Machado, a partir das 14h. Em Camaquã, durante a quarta-feira (13) e em Santana do Livramento, na quinta-feira (14), os eventos também ocorrem no Sindicato Rural de cada município para alcançar toda a cadeia produtiva da região.

Fonte: Diário Popular

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