terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Candiota - Falta de Compromisso de alguns médicos pode afetar 10 mil pessoas

Fabio Duarte

Mais Médicos: Deputado Pimenta e Prefeito de Candiota reagem à posição do SIMERS e vão ao Ministério da Saúde nesta terça (4)
Da assessoria do deputado, por e-mail
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e o Prefeito de Candiota (RS), Luiz Carlos Folador, pedem que o Ministério da Saúde arquive a solicitação do Sindicato dos Médicos do RS, que pode levar ao descredenciamento do município gaúcho do Programa Mais Médicos, após um médico cubano ter sido autorizado pela administração municipal a fazer atendimento a um paciente em estado grave. Na ocasião, não havia médicos no Hospital de Candiota.
O deputado Pimenta marcou para amanhã (4), às 9h, uma reunião com o responsável pelo Programa Mais Médicos do Ministério da Saúde, Felipe Proenço de Oliveira. O Prefeito de Candiota já está na capital federal e também participa da agenda.
Luiz Carlos Folador lembra que se tratava de um caso emergencial e que o município poderia, inclusive, ser denunciado por omissão de socorro. Além da exclusão de Candiota do Mais Médicos, o SIMERS busca também o descredenciamento do médico cubano que realizou o atendimento.
Já o deputado federal Paulo Pimenta diz que não é razoável que a população do município seja prejudicada e que até mesmo o Programa Mais Médicos não se viabilize por visões corporativistas. “Não é possível querer que brasileiros continuem condenados, sem acesso à saúde, porque médicos brasileiros não aceitam trabalhar em pequenos centros urbanos e também por razões ideológicas e até mesmo de preconceito contra profissionais estrangeiros. Essa questão corporativista já foi vencida, o Programa Mais Médicos foi uma decisão ousada e correta do Governo Federal que está levando atendimento a 23 milhões de brasileiros”, enfatiza Pimenta.
Candiota possui cerca de 10 mil habitantes e fica localizada na região da Campanha do estado do Rio Grande do Sul. De acordo com informações da administração municipal, nenhum dos médicos que atuam na cidade reside em Candiota.

31/01/2014 22h26 – Atualizado em 31/01/2014 22h29
Sindicato denuncia trabalho de médico cubano em hospital do RS
Profissional pode ser descredenciado do Mais Médico por irregularidade. Prefeitura diz que profissional substituiu médico atrasado em caso grave.
Do G1 RS, sugestão do Pedro Francisco Frineda, via Facebook
Um médico cubano que trabalha na Região da Campanha do Rio Grande do Sul corre o risco de ser descredenciado do programa Mais Médicos após prestar atendimento em um hospital da região. Segundo as entidades médicas, os profissionais participantes do programa do governo federal só podem atuar em postos de saúde, como mostra a reportagem do RBS Notícias.
O caso veio à tona depois que o médico cubano encaminhou no início do mês um paciente do Hospital de Candiota para o Pronto Socorro de Bagé, na mesma região. Ao ler a requisição, sem o carimbo com o número do registro do profissional, o médico que recebeu o paciente percebeu a irregularidade.
“Ele (médico) entrou em contato comigo por telefone e relatou o fato de que haveria um profissional do Mais Médicos atendendo em um plantão, o que ele não poderia fazer”, disse o conselheiro do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Rodrigo Marquetoti.
Segundo a direção do Hospital de Candiota, o médico cubano teria sido chamado porque o profissional que estava de plantão se atrasou e havia um paciente em estado grave aguardando atendimento. A decisão teria sido tomada pelo gerente administrativo do hospital. “Não houve mais nenhum dia, nenhum momento em que o médico do programa Mais Médicos fez qualquer tipo de atendimento conosco”, garantiu o diretor técnico do hospital, Alexandre Davila.
De acordo com o delegado do Conselho Regional de Medicina (Cremers) na Região da Campanha, profissionais do programa Mais Médicos só podem atender pacientes em postos de saúde. “Existe uma determinação do Conselho Regional de Medicina que fica vedado, fica proibida a atuação desses profissionais a nível hospitalar”, afirmou César Melllo.
A prefeitura de Candiota diz que o médico cubano recebeu autorização da Secretaria de Saúde do município para atender o paciente porque se tratava de um caso de vida ou morte. “O nosso município é cumpridor de todas as leis, mas existe uma lei que está acima de todas as leis, que é a lei da vida, a lei dos direitos humanos”, afirma o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador.
O presidente do Cremers, Fernando Weber Matos, diz que o órgão abriu uma sindicância. Ele disse que se comprovadas as irregularidades, os profissionais do hospital de Candiota que permitiram a atuação do médico cubano podem ser responsabilizados. O ministério da Saúde já pediu explicações à prefeitura para decidir se o município vai sofrer algum tipo de punição.

Um comentário:

  1. É isso aí a POLÍTICA, não querem atender porque não precisam , fazem medicina apenas porque dá IBOPE e não querem que os médicos que se dispõem , o façam ,mas não é de admirar, no Brasil é assim ,vontade de trabalhar que é bom ,eles não tem ,só querem aparecer em colunas Sociais, o idealismo ficou no início da Faculdade. Deixem os Cubanos trabalhar, tem gente que precisa desse atendimento. CAMBADA.

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